Abstract

Pretende-se, no presente artigo, o estudo de traços do discurso etnográfico nas obras Os papéis do inglês, do escritor angolano Ruy Duarte de Carvalho, e Nove noites, do brasileiro Bernardo Carvalho. Tendo em conta as interferências e contiguidades entre literatura e antropologia, investigamos a configuração da escrita etnográfica no campo literário notando que, ao mesmo tempo que a etnografia surge nas obras de Bernardo Carvalho e Ruy Duarte de Carvalho, é, paradoxalmente, negada ou boicotada. A partir disso, pensaremos na representação do “outro” – considerado o não ocidental, no caso de Os papéis do inglês, os pastores Kuvale, e, no caso de Nove noites, os índios Krahô – nas narrativas. Dessa forma, analisaremos de que modo se dá e qual é o efeito do olhar etnográfico na construção dos romances escolhidos, bem como as tensões entre o sujeito narrador e o “Outro”. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/abriluff2018n21a520.

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