Abstract

Este texto visa reflectir sobre os determinantes da política educativa, tendo em conta a necessidade de se redefinir uma política educativa coerente com os verdadeiros objectivos da educação que não sejam instrumentalizados e a favor das políticas de liberalização que não possibilitam a concretização da justiça social em relação aos mais pobres. Apesar de se reconhecerem os benefícios do pluralismo das agências formativas, evidentemente a escola continua ainda a ser nos nossos dias, a instituição que apresenta os conhecimentos de forma intencional e sistemática. Advoga-se uma política educativa que possa desenvolver um tipo de destrezas e valores que permitam aos alunos se integrarem como cidadãos na sociedade de forma reflexiva, crítica e ética, pois, as grandes crises por que a humanidade está a passar, como a crise ambiental, financeira e de conflitos, tem a sua origem na degradação da ética individual e colectiva.

Highlights

  • O intuito deste texto é discutir sobre a educação no contexto da sociedade do conhecimento, caracterizada pelo aprofundamento da globalização, atrelada à supremacia das políticas neoliberais de mercado

  • Para tal, será necessário o esforço de todos os atores do sistema educativo, para que a mudança que se planeja seja autêntica e efectiva; uma mudança que não vise apenas procedimentos de acomodação dos aparatos tecnológicos adoptados, que permitam aos alunos desenvolver as competências e destrezas exigidas pelo mercado de trabalho da actual sociedade

  • Revista de Direito Público e Ciência Política, Rio de Janeiro, 8(2), 45-60

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Summary

Política Educativa

Nenhuma política nasce do nada, pois uma política tem por objectivo orientar a acção dos atores do sistema social. É consequência de várias influências resultantes dos sistemas sociais que actuam sobre o sistema educativo e que, por sua vez, permanecem subordinados à acção ou às consequências do contexto filosófico, ético e histórico, do contexto geográfico e físico, bem como do quadro sociocultural. Independentemente do seu carácter implícito ou explícito, tem presente como marca indissociável as características sociais, políticas, morais e filosóficas de todos os participantes na sua elaboração, quer seja dos grupos quer das pessoas consideradas responsáveis dela. Esta perspectiva assemelha-se à de Goodlad, Stoephasius e Klein (1966), Landsheere e Landsheere (1975) e D’Hainaut (1980), que acreditam que a origem do currículo assim como a sua concepção são reflectidas e determinadas pelos valores e pelas posições filosóficas das pessoas nele responsáveis. Esta distinção de acções condiz não só preferentemente com a prática da maioria dos sistemas educativos, mas também com a divisão dos níveis nas organizações, e conforma-se melhor com a distinção desejável entre a política e a técnica

Necessidade da clarificação da Política Educativa
Impactos do Neoliberalismo no campo da educação
Sobre a estrutura e organização escolar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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