Abstract

Este ensaio objetiva elucidar provocações teóricas sobre a docência nos Institutos Federais (IFs), em meio à pandemia do início do século XXI, problematizando os desafios, saberes docentes e necessidades formativas para o ensino não presencial. Em face do isolamento social, decorrente do novo coronavírus (COVID-19), os professores foram desafiados ao ensino por meio de aulas remotas não presenciais, tendo que mobilizar diversas estratégias didáticas, algumas de formas improvisadas, mediadas pelas tecnologias, para as quais, muitos não estavam qualificados. Na construção deste ensaio, recorre-se inicialmente, a uma reflexão sobre o contexto sócio político da educação brasileira pública em meio à pandemia. Posteriormente, discorre-se sobre o ensino não presencial no contexto pandêmico, sinalizando as orientações das diretrizes do CNE/MEC e; finalizar-se-á com algumas provocações teóricas sobre a docência, destacando os desafios e advogando a necessidade da formação para a mobilização de saberes docente que contemplem as necessidades do ensino-aprendizagem em um cenário tão complexo.
 Palavras-chave: Docência. Ensino não presencial. Saberes docente.

Highlights

  • This theoretical essay aims to elucidate theoretical provocations about teaching in Federal Institutes (IFs), in the midst of the pandemic of the beginning of the 21st century, by problematizing the challenges, teaching knowledge, and formative needs for non-presential teaching

  • Conforme nota5 de várias entidades brasileiras, dentre as quais se destaca a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE) e Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE), A implementação de ações díspares - em muitos casos, efetivadas pela adoção de pacotes e softwares educacionais - visando a implementação da EAD, com o uso de ferramentas digitais, ensino remoto ou outras alternativas, sem a mediação direta de professores e com famílias sem condições de acessibilidade e de suporte ao processo educativo de crianças e jovens, não conseguirá oportunizar ensino de qualidade. (Nota, 2020, p.02)

  • Nos Institutos Federais, em sua organização, há a reserva de 50% das vagas a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, sejam matriculados em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos, de acordo com as determinações da Lei no 12.711/2012, sendo que a metade dessas vagas deve ser para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita

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Summary

Introdução

Neste ensaio discutiremos a atuação docente nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), em meio à pandemia do início do século XXI, problematizando os desafios, saberes docentes e necessidades formativas para o ensino não presencial. Inicialmente, apresentaremos uma reflexão sobre o contexto sociopolítico da educação brasileira em meio à pandemia, seguida de alguns elementos teóricos acerca do ensino não presencial no contexto pandêmico, e finalizaremos com algumas provocações teóricas sobre a docência, destacando os desafios e advogando a necessidade da formação para a mobilização de saberes docentes que contemplem as diferentes formas de aprendizagens dos estudantes num contexto de incerteza vivenciado atualmente

Contexto sociopolítico da educação brasileira pública em meio à pandemia
O ensino não presencial no contexto da Pandemia
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