Abstract

Este artigo analisa o programa curricular da disciplina Introdução à Língua Brasileira de Sinais ofertada aos cursos de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), com vistas a investigar quais concepções de língua e linguagem norteiam sua formulação e, consequentemente, perceber as implicações que essas abordagens repercutem no processo de ensino-aprendizagem da Libras. Apoiamo-nos em estudos que tratam sobre Políticas Linguísticas no que se refere ao ensino de Libras (Altenhofen, 2013; Brasil, 2002, 2005; Nunes, 2020) e problematizamos algumas praxiologias sobre língua e linguagem (Andrade; Ribeiro; Maia-Vasconcelos, 2021; Koch, 2013; Moita Lopes, 2010). A metodologia tem abordagem qualitativa, a partir da análise de documento. O projeto pedagógico analisado norteia 17 cursos de licenciatura da UFG. Os resultados indicam que as concepções discursivas de língua e linguagem que aparecem no texto da ementa permitem uma discussão de aspectos identitários e ideológicos da Libras; no entanto, as referências bibliográficas que aparecem junto à ementa não são compatíveis com essas concepções. Ademais, a carga horária indicada é insuficiente para alcançar o projeto, sobretudo porque se pressupõe o aprendizado de uma nova língua. Ainda, uma ementa padronizada para diferentes cursos pode ser problemática, visto que não considera as especificidades linguísticas de cada área do saber. Palavras-chave: Libras. Ensino de Libras. Políticas Linguísticas.

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