Abstract

O fim da guerra colonial, o reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos das colónias africanas e a independência das mesmas são centrais na narrativa da direita radical na primeira década de democracia em Portugal. A meditação sobre o fim histórico de Portugal, o trauma com a dissolução do império e a rejeição do confinamento do país às suas fronteiras europeias é quase omnipresente na produção escrita em que, sobretudo entre 1976 e 1980, este campo político foi profícuo. Ecoando sempre a ideologia colonial do Estado Novo e o providencialismo nacionalista da Filosofia Portuguesa, os seus quadros e as suas publicações empenharam-se na formulação e na publicação de projetos de regresso a África. Este artigo pretende discutir e matizar essas propostas que visaram ainda reafirmar a vocação atlantista do país e rejeitar a adesão à Comunidade Económica Europeia, que, então, se afirmava como grande desígnio nacional.  

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