Abstract

O artigo é baseado em documentos diplomáticos norte-americanos coletados nos National Archives and Records Administration. A ideia é mostrar a visão dos diplomatas sobre grupos radicais de direita que pressionavam o governo Castelo Branco após a vitória de 1964, grupos que foram nomeados genericamente “linha-dura”. Os observadores norte-americanos monitoravam a ação desses grupos por temor que desestabilizassem o governo Castelo Branco, apoiado decididamente pelos EUA. Os documentos diplomáticos apontam a existência de diferenças na direita radical e, o que tem sido pouco notado pela literatura acadêmica, a presença de conexões entre miliares e civis, notadamente grandes proprietários rurais e setores da grande imprensa. A partir de fontes primárias inéditas, mas, também em diálogo com a historiografia, a proposta é avaliar os objetivos e ações da direita radical no pós-golpe, entre 1964 e 1968, com atenção igualmente para a estratégia dos EUA em relação à ditadura.

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