Abstract

O objetivo da pesquisa foi analisar os aspectos do trabalho e da saúde de camponeses criadores de bovinos, caprinos e ovinos com base na determinação social da saúde. A pesquisa foi realizada em cinco assentamentos rurais no estado de Pernambuco, utilizando-se a entrevista estruturada e técnicas do diagnóstico rural participativo. A maioria dos camponeses eram do sexo masculino, com média de idade de 52,3 anos e baixa escolaridade. A renda familiar em 91,4% dos camponeses foi de um até três salários-mínimos. O trabalho com os ruminantes era realizado em sua maioria pelos homens. Os principais equipamentos de proteção individual utilizados foram: bota de borracha, chapéu e o protetor solar. Poucos camponeses (10,6%) tinham brete em suas criações. Foi observado que 25,5% dos camponeses relataram algum tipo de acidente de trabalho, 78,7% utilizavam agrotóxicos e o trabalho com os animais foi classificado como árduo. Apenas o assentamento Serra Grande contava com uma Unidade Básica de Saúde, e as principais doenças relatadas foram: Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho, hipertensão arterial, arboviroses, diabetes e esquistossomose mansoni. O trabalho dos camponeses com as criações de ruminantes é determinado socialmente pelo agronegócio e se mostrou desgastante, associado com a ausência e condições precárias dos serviços de saúde. Palavras-chave: Acidentes de Trabalho; Agricultura Sustentável; Animais de Produção; Política de Saúde; Saúde da População Rural.

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