Abstract

This article discusses some contemporary authorship issues by the light of a discursive perspective. Based on the notion of paratopia (MAINGUENEAU, 2006), we analyze the so called "world without frontiers" as a meaning-effect founded on texts’ circulation in the technical-scientific informational period (SANTOS, 2000). Basically, we propose a rapprochement between discursive and geographical issues, since we believe that a better understanding of space-time relations can help to understand many of the current forms of authorship, the way they build identities which are as strong as unstable, producing a proliferation of “border zones”.

Highlights

  • Considerando a hipermídia como um conjunto de técnicas características do que Milton Santos chama de período técnico-científico informacional, entendemos que o mundo globalizado se funda numa “imprescindibilidade do discurso”, da qual o ciberespaço é uma materialização expressiva

  • We propose a rapprochement between discursive and geographical issues, since we believe that a better understanding of space-time relations can help to understand many of the current forms of authorship, the way they build identities which are as strong as unstable, producing a proliferation of “border zones”

  • Expressas em práticas sociais mediadas por objetos técnicos, são essas formas que balizam as identidades, instituindo o que é ordinário e o que não é, pondo questões sobre o estatuto das cenas de enunciação e, necessariamente, sobre os imaginários mobilizados pelos sistemas de produção e consumo dos fluxos de texto

Read more

Summary

Salgado e Antas Júnior

Monicapuleto e Romeu Montéquio Cebolinha, de Maurício de Sousa? Lembremos que em 1978 uma peça teatral foi levada ao palco enquanto se produzia a versão televisiva do que saiu em HQ (história em quadrinhos) e também em LP (disco de vinil long play) nesse mesmo ano. Recorremos a Mattelart, estudioso das ciências da informação e da comunicação, que assume a perspectiva da história das técnicas para pensar sobre a constituição material dos objetos de alto valor simbólico; e a propostas de Santos, cuja obra supõe a superação da dicotomia entre pólos estanques – o natural e o social – permitindo, com isso, pensar no espaço geográfico como uma dimensão inalienável da sociedade, constituído por formas que corresponderiam tanto aos objetos técnicos quanto às formas naturais humanizadas pela divisão do trabalho, cuja dinâmica sistêmica é dada pelos fluxos de matérias e informações. É a partir dessa conjuntura marcada por uma aceleração da história, pela emergência incessante de novas práticas, novas técnicas, até mesmo novos setores econômicos (surge o quaternário, composto por novas formas de consultoria, como os serviços de telecomunicação) que Santos teoriza sobre o período, propondo os elementos da globalização, aspectos de uma totalização em movimento, separáveis apenas para fins analíticos, embora claramente identificáveis: motor único, unicidade técnica, convergência dos momentos e cognoscibilidade planetária. Daí que o efeito de sentido “mundo sem fronteiras” se produza num movimento incessante de erigir fronteiras, instituir identidades e desfazê-las ou refazê-las, num movimento em que se formulam as balizas do que é ordinário e do que é extraordinário

Criação como paratopia
Considerações finais
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call