Abstract

Este artigo busca entender as similitudes, intelectuais e práticas ao mesmo tempo, entre o conceito de instalação, muitas vezes atribuído às artes visuais, e o de movimento dançado, muitas vezes considerado como efémero e transitório. Com a ajuda desta comparação, uma definição inovadora de criação artística poderia emergir. À primeira vista, nada associa o procedimento da criação coreográfica ao ato poiético de instalação artística. E, portanto, a linha se torna porosa em certas obras exemplares concebidas por Anna Halprin, Trisha Brown, Christian Rizzo, Boris Charmatz e Mette Ingvartsen. Isto poderia se explicar pela influência da prática dos happenings (Allan Kaprow) sobre arte contemporânea, onde a criação torna-se processo, work in progress, evento. Seguindo essa associação entre a instalação e a dança, é possível descobrir que o elemento do ar se apresenta como verdadeira matéria plástica, fonte de inspiração para os artistas e verdadeiro processo criativo.

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