Abstract
A atual crise dos refugiados foi o mote para este trabalho. Nos últimos anos, sobretudo devido ao conflito sírio milhares de refugiados têm chegado à Europa. Aqui, procuram-se agora soluções para conseguir socorrer e integrar estas pessoas. O objetivo deste artigo é alertar para a necessidade de criar planos de integração dos refugiados que incluam as bibliotecas públicas, através da criação de serviços de informação multiculturais. Para a sua elaboração foi fundamental analisar relatórios e web sites de entidades como o ACNUR, o CPR e o SEF, bem como manifestos e normas da IFLA/UNESCO para a implementação de serviços de informação. Conclui-se que a integração das bibliotecas públicas nos planos de acolhimento é uma mais-valia devido ao seu elevado potencial informacional e cultural. Conclui-se também, que urge criar um serviço de informação para refugiados de modo a centralizar a informação e fornecer um serviço adaptado às suas necessidades.
Highlights
INTRODUÇÃO Nos últimos anos temos assistido a um aumento de conflitos duradouros que têm consequências nefastas ao nível local, e cada vez mais a nível global
A guerra desenvolveu-se em várias frentes, sobretudo devido à política expansionista e antissemita levada a cabo por Hitler que invadindo na Europa a Checoslováquia, Áustria, Polónia, Jugoslávia e a França, procurava criar o que chamava de “espaço vital”, necessário para afirmar a supremacia da raça ariana[1]
Acedido em: http://www.unhcr.org/cgi-bin/texis/vtx/ home (consultado a 21/9/2016)
Summary
The creation of refugee information services: an unmet need and future opportunity. Recebido em setembro de 2016 Aprovado em dezembro de 2016 Biblos. O objetivo deste artigo é alertar para a necessidade de criar planos de integração dos refugiados que incluam as bibliotecas públicas, através da criação de serviços de informação multiculturais. A criação de serviços de informação para refugiados entre soldados, marinheiros, aviadores, prisioneiros de guerra, civis (10 milhões, dos quais, 6 milhões eram judeus) (ib.: 300-301). Entre judeus, refugiados políticos alemães e polacos e outros que decidiram abandonar a Europa, chegaram aos EUA 400 000 mil pessoas até 1953, chegando depois mais 185 000 até 1957. Com o propósito de alertar para as violações dos Direitos Humanos, que foram uma constante durante a guerra, e no esforço da sua erradicação ou pelo menos da sua atenuação, foi aprovada pelas Nações Unidas, a 10 de Dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Apesar da atual escassez de recursos, é preciso reunir esforços e agarrar esta oportunidade de reinventar os serviços de informação e o papel das bibliotecas públicas na sociedade
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