Abstract

Neste ensaio, explora-se os efeitos do cinema na vida cotidiana, partindo de uma reflexão sobre o cinema brasileiro das décadas de 1950 e 1960, em seus aspectos de produção, distribuição e exibição, captado mediante as experiências de uma moradora da cidade de Laguna, Santa Catarina. Dona Betinha, por 18 anos manteve um diário onde registrou 805 idas ao cinema, das quais 69 foram para assistir à produções nacionais, em duas salas de rua da cidade: o Cine Mussi e o Cine Roma. Coloca-se o problema de pensar o cinema que existiu como parte da vida cotidiana do público, que estendeu-se como acontecimento na cidade, motor de sociabilidade, e que é presente enquanto memória.

Highlights

  • Entre 1950 e 1968 Maria Bernadete Fernandes Pereira frequentou o cinema 805 vezes

  • This paper explores the effects of cinema on everyday life, starting from a reflection on the braziliancinematographic exhibition of the 1950s and 1960s, through the experiences of a resident of the city of Laguna, Santa Catarina

  • Não apenas a cotidianidade é um conceito, como ainda podemos tomar esse conceito como fio condutor para conhecer a 'sociedade', situando o cotidiano no global: o Estado, a técnica e a tecnicidade, a cultura (ou a decomposição da cultura) etc

Read more

Summary

Introduction

Entre 1950 e 1968 Maria Bernadete Fernandes Pereira frequentou o cinema 805 vezes. Quase 50 anos depois, as investigações realizadas junto a um projeto de pesquisa sobre as salas de cinema de rua de Santa Catarina conduziram a ela e seu diário, objeto de análise deste ensaio1. As coisas só têm vida poética enquanto relacionadas com acontecimentos de destinos humanos. Entre 1950 e 1968 Maria Bernadete Fernandes Pereira frequentou o cinema 805 vezes.

Results
Conclusion
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call