Abstract
Pointing out the processes of construction and erasure of black territories from the disputes existing in Downtown Florianópolis, capital of Santa Catarina, was the guiding thread for the writing of this article. Understanding that black territories are spatial expressions that geograph racial relations, I present the logic of occupation and organization of the black population in the municipality. In addition to pointing out the constant effort to whiten the neighborhood based on its spatial ordering and control of the bodies-territories, there is also the resistance of the black population, organized or not, in the occupation of its territory and defense of its symbolic markers, such as the Antonieta de Barros School. I emphasize the role of Geography in legitimizing ongoing territorial de-racialization and the need to retake race as an analytical category in the hegemonic discourse of Brazilian Geography.
Highlights
LA CONSTRUCCIÓN Y EL BORRADO DE LOS TERRITORIOS NEGROSResumen: Señalar los procesos de construcción y eliminación de territorios negros de las disputas existentes en el centro de Florianópolis, capital de Santa Catarina, fue el hilo conductor para la redacción de este artículo
Resumo: Apontar os processos de construção e apagamento de territórios negros a partir das disputas existentes no Centro de Florianópolis, capital de Santa Catarina, foi o fio condutor para a escrita deste artigo
A exclusão, que vai desde a proibição legal instituída no século XIX e permanece nos dias atuais com as práticas escolares que dificultam ou interrompem as trajetórias das crianças e adolescentes negros/as, é encontrada com resistências durante o mesmo período, como o pedido de uma comissão de trabalhadores libertos pelo apoio do então jornalista Rui Barbosa na denúncia do não cumprimento da criação do fundo de emancipação de 1871, especialmente no tocante à instrução de seus filhos e, atualmente, as leis 10.639/03 e 11.645/08 e a lei 12.711/12, conquistas do movimento negro brasileiro
Summary
Resumen: Señalar los procesos de construcción y eliminación de territorios negros de las disputas existentes en el centro de Florianópolis, capital de Santa Catarina, fue el hilo conductor para la redacción de este artículo. Se hoje a Mauro Ramos é a fronteira racial do Centro, vimos que no passado foi a avenida Hercílio Luz. O objetivo ao apontar estas fronteiras (mapa 02), também desenhadas a partir das relações de poder, é demonstrar que até hoje a presença negra “do lado de lá” de Florianópolis é empurrada para o “lugar de negro” imposto pela sociedade burguesa a partir das instituições do Estado ao seu serviço, seja pelo controle de seus territórios através de políticas urbanas, seja pelo controle de seus corpos, exercido contemporaneamente especialmente pela Polícia Militar. Nos dias atuais, mantém viva em nosso cotidiano a deputada, cuja história seria invisibilizada sem os esforços do Movimento Negro local em projetar esta lutadora pelos direitos do povo trabalhador brasileiro
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