Abstract

O diagnóstico de surdez deve ocorrer nos primeiros seis meses de vida de uma criança. Quanto mais cedo é avaliada a audição, nos casos de algum grau de comprometimento auditivo, mais cedo poderão ser iniciadas as intervenções médicas e educacionais. O diagnóstico tardio pode acarretar em atraso no desenvolvimento da linguagem oral e, muitas vezes, falta de entendimento entre pais ouvintes e filho surdo. Os objetivos do presente estudo foram observar dois grupos de crianças e adolescentes surdos que iniciaram a reabilitação precocemente e tardiamente, no que diz respeito ao uso da linguagem oral e língua de sinais e verificar como vem ocorrendo a comunicação dos sujeitos com seus familiares. Trata-se de um estudo qualitativo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as mães dos surdos e observações da interação das díades mãe ouvinte e criança ou adolescente surdo. Verificou-se que alguns fatores dificultaram o processo do diagnóstico de surdez e o início da reabilitação auditiva, tais como acesso rápido aos recursos adequados e postura profissional, pois os pais têm uma melhor assimilação do diagnóstico quando o profissional os acolhe e utiliza linguagem acessível. Observou-se também que as crianças que iniciaram a reabilitação precocemente demonstraram comunicação mais efetiva com suas mães, mas há dificuldade por parte das mães em adquirirem a LIBRAS, tendo em vista que o aprendizado de uma nova língua demanda tempo, prática e dedicação. Conclui-se sobre a importância em diagnosticar a perda auditiva precocemente, pois este diagnóstico norteará os processos de habilitação e reabilitação da criança surda.

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