Abstract

Resumo: Neste trabalho, observamos a utilização da imagem do corpo feminino como uma estratégia recorrente em ações ativistas em diferentes partes do mundo. Os elementos estético-políticos do corpo, historicamente utilizados pelas artes, tais como o nu, a dor, o erotismo e a identidade (ou o anonimato) são reconduzidos para um projeto de cultura ativa e participativa dentro das redes de comunicação digital. Nossa análise insere-se no campo da biopolítica e faz uso de três exemplos recentes: os autorretratos da egípcia Aliaa Magda Elmahdy e as ações dos coletivos Pussy Riot (Rússia) e Femen (Ucrânia).

Highlights

  • A biopolítica do corpo feminino em estratégias contemporâneas de ativismo digital Resumo: Neste trabalho, observamos a utilização da imagem do corpo feminino como uma estratégia recorrente em ações ativistas em diferentes partes do mundo

  • Ele investiga os sentidos que podem ser extraídos da posição da mulher na performance e mostra que há uma condição essencial nela mesma, que é a tentativa de quebrar a narrativa social patriarcal em que o homem é sempre visto como sujeito e a mulher como objeto, ou, ainda, um ser passivo ou coadjuvante

  • A descida do entendimento da política ao nível biológico nos torna mais individualistas e desprovidos de compartilhamento comum, já que, na base, o que interessa é a “vida” de cada um

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Summary

Tarcisio Torres Silva

A biopolítica do corpo feminino em estratégias contemporâneas de ativismo digital Resumo: Neste trabalho, observamos a utilização da imagem do corpo feminino como uma estratégia recorrente em ações ativistas em diferentes partes do mundo. Palavras-chave: corpo feminino; biopolítica; ativismo digital; Pussy Riot; Femen. Na análise que se seguirá, observamos que o corpo feminino aparece como um instrumento bastante utilizado como forma de chamar a atenção para causas que mesclam questões políticas locais e globais com o fato de ser mulher no mundo contemporâneo. Esta relação entre o corpo feminino e os atos de resistência não é casual, pois há alguns fatores que aproximam essas duas instâncias, como nos coloca Marvin Carlson (2009). A performance política que aparece a partir dos anos 60, nos EUA, vai ter grande participação de mulheres interessadas pelas estratégias oferecidas pela performance e o teatro de rua. Fazendo referência à pensadora Júlia Kristeva, o autor vai dizer que: 739 Estudos Feministas, Florianópolis, 24(3): 398, setembro/dezembro/2016

TARCISIO TORRES SILVA
Aliaa Magda Elmahdy
Pussy Riot
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