Abstract

À guisa de uma reflexão em torno da atualidade do anti-humanismo teórico como problemática para o pensamento social contemporâneo, contrapomos as formulações do Marxismo Althusseriano com a Teoria dos Sistemas de Niklas Luhmann – aquela considerada periférica, esta reconhecida como legítima no campo sociológico – a respeito do modo como ambas, ancoradas nessa posição epistemológica, encaminham suas formulações e propostas teóricas no que se refere à questão sociológica clássica da diferenciação/integração social. Para tanto, num primeiro momento, situamos o anti-humanismo frente à problemática sociológica atual e a configuração política à qual esta está inserida. Num segundo momento, passamos aos autores em questão, com ajuda de comentadores: analisa-se o Marxismo Althusseriano e sua proposta estrutural e, logo após, a teoria dos sistemas. Fugindo de uma necessária síntese entre elas, destacamos suas diferenças para, a partir do realce dessa pluralidade, lançar luz sobre as várias possibilidades, ao contrário do que as críticas provenientes da defesa do (inter) subjetivismo fazem crer, que tal posicionamento abre para a teorização e compreensão das sociedades complexas.

Highlights

  • O economismo e o idealismo ético (“humanismo”) formaram a base opositora na visão de mundo burguesa desde as origens da burguesia

  • Porém, não menos atual: tendo em vista os dilemas e querelas que circulam tal problemática na sociologia ainda hoje

  • Embora o anti-humanismo luhmanniano coloque em xeque o dogma do indivíduo como átomo do social, sua concepção de sociedade moderna, como sociedade funcionalmente diferenciada sem predominância de funções parciais e com autonomia dos sistemas funcionais, é plenamente coerente com o ideário liberal, que não vê contradição entre a igualdade jurídica e política e a desigualdade econômica, racionalizando esta tensão a partir da ideologia meritocrática da igualdade de oportunidadesdesigualdade de resultados

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Summary

Introduction

O economismo e o idealismo ético (“humanismo”) formaram a base opositora na visão de mundo burguesa desde as origens da burguesia.

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