Abstract

Neste artigo, é abordada a aprendizagem contextualizada, bem como alguns dos seus fundamentos pedagógicos e psicológicos, nomeadamente aqueles que se reportam à pedagogia crítica e à aprendizagem situada. Partindo de estudos acerca do funcionamento cognitivo humano e de resultados de investigações empíricas, é dedicada uma especial atenção à análise de algumas das suas ideias fundamentais, como a de que os currículos devem basear-se na experiência dos alunos, a de que a aprendizagem necessita partir de atividades autênticas, e a que advoga o recurso aos métodos da descoberta. Muitos trabalhos da psicologia cognitiva, como os da teoria da carga cognitiva, não reforçam a ideia de uma aprendizagem baseada em atividades autênticas, na medida em que esta não promove a aquisição e automatização de conhecimentos em um domínio de especialidade nem reduz a carga cognitiva imposta pelas tarefas. Quanto aos estudos empíricos, embora eles mostrem que uma instrução guiada traz benefícios à aprendizagem, também revelam que a descoberta, se acompanhada de orientações, pode mostrar-se eficaz. Este resultado chama a atenção para a necessidade de se desenvolver investigação que, explorando as relações entre os dois tipos de métodos, permita um melhor conhecimento de como dosear a descoberta com instruções e, simultaneamente, abra a possibilidade de um diálogo entre diferentes concepções de educação.

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