Abstract

CONTEXTO: O desenvolvimento de anquilose em pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC) pode ser evidenciado em diversos estágios da patologia através de medidas da amplitude de movimento da articulação do tornozelo tomadas com a utilização de um goniômetro. OBJETIVO: Relacionar a diminuição da amplitude de movimento da articulação tíbio-társica na IVC dos membros inferiores (MMII) medida por goniometria com a gravidade da IVC, utilizando-se a classificação CEAP. MÉTODOS: No período de março de 2003 a agosto de 2004, 86 pacientes (67 mulheres e 19 homens) com média de idade de 50,6 anos foram submetidos à goniometria do tornozelo. Os indivíduos foram divididos conforme a gravidade da IVC de seus MMII (121 avaliados) de acordo com a classificação CEAP. Quarenta membros foram caracterizados como C0 (grupo-controle), 40 como C3, e 41 como C4. As medidas obtidas nos diferentes grupos foram comparadas entre si. RESULTADOS: A média da amplitude de movimento da articulação tíbio-társica do grupo C0 foi de 42,4º (variação de 26-54); a do grupo C3 foi de 37,9º (variação de 10-61); e a do grupo C4 foi de 24,5º (variação de 8-50). A diferença das médias de C4 e C3 foi de 36%, e a de C3 comparada com o grupo-controle (C0), de 11%, caracterizando a maior diferença entre C3 e C4. CONCLUSÃO: A goniometria do tornozelo auxilia a graduar a hipertensão venosa crônica, pois demonstra a existência de correlação entre a gravidade da anquilose e a severidade da IVC.

Highlights

  • Development of ankylosis in patients with chronic venous insufficiency (CVI) can be observed in different stages of the disease as the ankle range of motion is measured by a goniometer

  • Ankle goniometry may be used to assess chronic venous hypertension, as it reveals a correlation between the severity of ankylosis and the severity of CVI

  • Estes pacientes foram divididos conforme a gravidade da insuficiência venosa de seus membros (121 membros avaliados), utilizando-se o fator C da classificação CEAP5 (C = clínica; E = etiologia; A = anatomia; P = patofisiologia) da seguinte forma: C0, nenhum sinal visível ou palpável de doença venosa; C1, veias reticulares ou telangiectasias; C2, veias varicosas; C3, edema; C4, alterações de pele; C5, alterações da pele, além de ulcerações cicatrizadas; C6, alterações da pele, além de ulcerações ativas

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Summary

Introduction

Development of ankylosis in patients with chronic venous insufficiency (CVI) can be observed in different stages of the disease as the ankle range of motion is measured by a goniometer. 2. Residente, Cirurgia Vascular, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP. 4. Médico residente, Oftalmologia, Hospital de Clínicas, UFPR, Curitiba, PR.

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