Abstract

Apoiado em entrevista com dirigente sindical e em artigos publicados em jornais de Washington (EUA), além de outras fontes bibliográficas, o texto examina os rumos que as organizações da sociedade civil das Américas, em particular as centrais sindicais, vêm trilhando nos últimos anos. Segundo enfoca, para defender os trabalhadores de seu país das ameaças ao trabalho advindas com a globalização, o regionalismo econômico - em especial a Alca - e o avanço tecnológico, a central norte-americana American Federation of Labor - Congress of Industrial Organizations mudou radicalmente suas estratégias. Ela agora, em vez de tentar barrar os acordos de livre comércio, tem procurado limitar a autonomia governamental na negociação dos mesmos. Ao mesmo tempo, vem buscando uma maior articulação com as centrais da América Latina. Essa aproximação, ao que parece, está dando origem a um novo e promissor "internacionalismo sindical".

Highlights

  • O movimento sindical norte-americano tem procurado, através de suas diversas organizações, defender-se da instabilidade do trabalho que se instalou naquele país nas três últimas décadas, em virtude das transformações tecnológicas e do surgimento de novos competidores internacionais

  • Mesmo tendo contado com o apoio dos sindicatos para as eleições, Clinton era visto por muitos dirigentes e trabalhadores sindicalizados como um presidente pouco confiável no tocante à defesa de suas fontes de trabalho e de seus direitos trabalhistas, independentemente da recuperação econômica conseguida durante sua administração e dos novos empregos criados

  • It is a statement that neo-liberalism that combines economic conservatism with a liberal social agenda is not where the Democratic Party is at (Washington Post, 1997b)

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Summary

YVES CHALOULT E WILSON FERNÁNDEZ

O movimento sindical norte-americano tem procurado, através de suas diversas organizações, defender-se da instabilidade do trabalho que se instalou naquele país nas três últimas décadas, em virtude das transformações tecnológicas e do surgimento de novos competidores internacionais. A mudança de estratégia da AFL-CIO é uma das chaves a que se recorre para explicar o fracasso do governo Clinton na busca de autorização do Congresso dos Estados Unidos para atuar pela via rápida na concretização de acordos comerciais com outros países (permissão conhecida como Fast Track Authority1), o que redundou, ao menos por ora, no retardamento da implementação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). O presidente Clinton, mesmo tendo oscilado entre uma postura discretamente favorável ao livre comércio no início de seu primeiro mandato e um envolvimento maior com essa posição quando começava o segundo, não perseverou em suas postulações a favor da obtenção da autorização para a via rápida, que lhe teria permitido avançar na consecução de novos acordos comerciais sem maior intervenção do Congresso. A falta de flexibilidade de Archer levou também a que outros assuntos que poderiam ter estado na negociação – e que interessavam tanto ao Conclave de Congressistas Negros (Congressional Black Caucus), que contava com 39 membros, como aos legisladores de origem hispano-americana, com outros 18 representantes –se frustrassem igualmente (Sela, 1998)

Peso dos sindicatos e da sociedade civil
Aproximação com as centrais sindicais do Cone Sul
As centrais sindicais do Cone Sul e a globalização
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