Paixão e satisfação atlética são variáveis da psicologia positiva relacionadas ao desempenho esportivo e investigadas no âmbito nacional e internacional. Objetivou-se analisar a paixão e satisfação atlética em atletas brasileiras de basquetebol universitário, buscando comparar a paixão e satisfação das atletas em função do tempo de experiência e desempenho e correlacionar as variáveis paixão e satisfação. Foram sujeitos 60 atletas, com média de idade 22,06 (±3,01 anos), experiência média de 10,13 (±3,61 anos), participantes dos Jogos Universitários Brasileiros de 2017. Os dados foram analisados pelos testes Wilcoxon, Friedman, U de Mann Whitney e coeficiente de correlação de Spearman (p<0,05). As atletas apresentaram predominância da paixão harmoniosa e mostraram-se mais satisfeitas nas dimensões treino e instrução (Md=5,67). Ao comparar a paixão e satisfação atlética em função do tempo de experiência, as atletas mais experientes apresentaram-se mais apaixonadas harmoniosamente (Md=6,00) e mais satisfeitas nas dimensões contribuição da equipe para a tarefa e contribuição da equipe para o social (Md=5,33) (p<0,05). Na comparação da paixão e satisfação atlética em função do ranking, foram observadas diferenças para as dimensões contribuição equipe para tarefa (p=0,04) e contribuição equipe para o social (p=0,03), com resultados superiores para as atletas não medalhistas (Md=5,33). Foram observadas correlações entre a paixão em todas as dimensões da satisfação atlética (p>0,05), exceto para orçamento e diretoria médica (p<0,05). As atletas brasileiras de basquetebol universitário são apaixonadas harmoniosamente pela modalidade e percebem-se satisfeitas nos aspectos relacionados ao treino instrução fornecidos pelo treinador e quanto à sua própria contribuição com a equipe.