Este trabalho está inserido em um contexto maior, o projeto SAL (Systemics Across Languages) desenvolvido em parceria com pesquisadores da China, Argentina, México e Tailândia que procuram entender as características específicas e universais que partilham as línguas. Este artigo objetiva analisar os diferentes usos e funções que o clítico se desempenha em artigos científicos. As funções excluídas são: o reflexivo e a conjunção, pois seus usos são claramente descritos e não estão relacionados ao desfocamento de participante. A base teórica, a Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1994, 2004), tem como foco a língua em uso e permite analisar as escolhas gramaticais do autor em textos (escritos ou falados) com base no contexto de cultura e de situação em que se realizam. Os usos do se podem ser classificados em três categorias: se em construções médias – as ações que acontecem por si só, um processo é causado por ele mesmo (self-caused process); se em construções com desfocamento de participante que ocorrem por ser irrelevante sua menção, parte do estilo do gênero acadêmico/científico e se em construções agnatas – verbos que quando se ligam ao se têm significados relacionais e/ou existenciais.
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