<title>Resumo</title><p>A maioria dos trabalhos sobre convergência de renda pressupõe que os países são unidades geográficas isoladas, não considerando os efeitos espaciais (dependência e heterogeneidade) subjacentes. Este artigo investiga a análise de convergência de renda entre países, incorporando o efeito de vizinhança proporcionado pela interação espacial, e, portanto, controlando-se para os efeitos espaciais, dependência espacial e heterogeneidade espacial observável e não observável. Para se conseguir isso, foi construído um modelo de convergência espacial local para 148 países no período quinquenal entre 1985 e 2005, em primeiras diferenças, usando a técnica da Regressão Ponderada Geograficamente. Os principais resultados revelam a existência de múltiplos equilíbrios quando considerada a análise de convergência local. Um grupo de países se aproxima de um equilíbrio particular em virtude da existência de atributos correlatos ou porque se encontrava em uma localização inicial correspondente àquele equilíbrio, fato em consonância com a convergência em clubes ou múltiplos equilíbrios. A diferença, todavia, repousa no fato de que os intervalos de convergência aqui definidos são consequência de como o crescimento de um país se processa, em termos de seu próprio ritmo condicionado às suas características socioeconômicas iniciais, relativamente ao crescimento de outros países e não em relação a si mesmo. Além disso, em contraste com os clubes de convergência, esses intervalos de convergência são definidos ex-post, levando em consideração a dinâmica de crescimento específica a cada país.</p>
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