Testou-se uma nova emulsão de perfluorocarbonos (OxygentMR, Alliance Pharmaceutical, San Diego, CA 92121, EUA) em circulação extracorpórea (CEC) com hipotermia de 32ºC e hematócrito de 12%. Estudaram-se 42 cães, 12 dos quais não receberam a droga e serviram de controle (Grupo 1), enquanto os demais constituíram 3 grupos de 10 animais cada, tratados com doses de Oxygent de 1,5 ml/kg (Grupo 2), 3 ml/kg (Grupo 3) e 6 ml/kg (Grupo 4) as quais geraram fluorocritos de, respectivamente, 1 %, 2% e 3%. Foram analisadas variáveis do metabolismo do oxigênio (O2) em 6 diferentes fluxos de perfusão (Q), ordenados ao acaso. Reaqueceram-se os cães, interrompeu-se a CEC e acompanharam-se os animais por 1 hora. Diferenças intergrupos foram analisadas pelo teste das médias dos quadrados mínimos e pelo teste de Duncan, considerando-se significantes os valores de p< 0,05. Embora algo maiores no Grupo 4, a pressão parcial bem como o conteúdo arterial de oxigênio (CaO2) foram estatisticamente semelhantes ao grupo controle. A pressão parcial de O2 no sangue venoso misto (PvO2) do Grupo 4, em função do Q, mostrou-se significativamente maior (p < 0,03) que a do grupo controle, conquanto isto não tenha se repetido ao ser analisada em função da oferta tecidual de O2 . Também não houve diferença quanto ao consumo de O2 total e dissolvido, nem quanto aos gradientes sistêmico e miocárdico de lactato, porém a maior dose da emulsão (Grupo 4) expressa efeito dose-dependente benéfico, ainda que de natureza especulativa, do Oxygent sobre o metabolismo do oxigênio.
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