Avaliaram-se as características morfogênicas, fisiológicas e produtivas de espécies de Brachiaria, durante e após período de estresse hídrico. Os tratamentos foram arranjados em um esquema fatorial 4 x 5 quatro espécies de Brachiaria (B. decumbens, B. brizantha, B. humidicola e B. mutica) e cinco níveis de potencial hídrico do solo (-0, 01, -0, 03, -0, 1, -0, 5 e -1, 5 MPa) em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. O experimento foi instalado em casa de vegetação, em colunas de PVC com 40 cm de altura e 30 cm de diâmetro. Os déficits hídricos foram impostos durante 23 dias e, após este período, um grupo de plantas foi mantido sob condições normais de disponibilidade de água no solo, durante, aproximadamente, uma semana, para se avaliar a capacidade de recuperação das plantas. A taxa de alongamento das lâminas foliares foi comprometida em B. brizantha e a taxa de senescência de lâminas foliares em B. mutica foi aumentada com o decréscimo do potencial hídrico no solo, denotando a maior sensibilidade destas duas espécies ao déficit hídrico. Observou-se controle estomático sobre as trocas gasosas em folhas de todas as espécies. O déficit hídrico reduziu a fotossíntese líquida em todas espécies, mais acentuadamente em B. mutica e B. humidicola. Todas as espécies recuperaram suas atividades fotossintéticas normais após o déficit hídrico, mas apenas a B. brizantha restabeleceu o status hídrico de seus tecidos foliares. O déficit hídrico afetou mais acentuadamente a área de lâminas foliares verdes em B. brizantha e B. decumbens, a produção de matéria verde seca de lâminas foliares em todas as espécies estudadas, e a produção de matéria verde seca de colmos em B. decumbens e B. mutica.
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