Objetivou-se avaliar níveis crescentes de substituição (0, 25, 50, 75%MS) da proteína bruta do concentrado pela proteína bruta do farelo de crambe. Foram utilizados 24 cordeiros machos, peso vivo médio inicial de 17,50±3,90 kg distribuídos em delineamento inteiramente casualizado. Todos os ingredientes da dieta, sobras e fezes foram submetidos às análises bromatológicas. Foi realizado ensaio de digestibilidade dos animais. Foi realizada coleta spot de urina para a determinação dos derivados de purina, eficiência de síntese microbiana nitrogênio ureico urinário e coleta de sangue para determinação de nitrogênio uréico sérico e para mensuração das enzimas hepáticas alanina aminotrasferase e aspartano aminotrasferase. Os resultados foram submetidos à análise de variância e estudo de regressão ao nível de significância de 5%. Não houve efeito significativo para ganho médio diário, eficiência alimentar e conversão alimentar. Houve efeito significativo linear decrescente para o consumo em kg.dia-1 de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e carboidratos não fibrosos corrigidos para cinzas e proteína. Não houve efeito da inclusão do farelo de crambe na dieta sobre a digestibilidade dos nutrientes. Verificou-se efeito linear crescente nos parâmetros de avaliação de eficiência de síntese microbiana, fluxo de compostos nitrogenados microbianos, fluxo intestinal relativo de nitrogênio microbiano. Contudo não houve efeito em relação às enzimas hepáticas. Pode-se concluir que o farelo de crambe oriundo da produção de biodiesel pode ser utilizado como alimento alternativo proteico podendo substituir em até 75% da proteína bruta do concentrado sem comprometer o desempenho animal.
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