Este estudo apresenta uma reflexão teórica sobre intervenções urbanas através de uma performance artística, não delimitando valores nem limites conceituais para estas duas práticas. Observa-se especialmente uma ação performática, intitulada 'Reenquadrando a Cidade', realizada no centro de São Paulo durante 2016 e 2017. O autor-performer conduz silenciosamente uma moldura clássica de quadros, através de ruas e avenidas da cidade, um dispositivo que deflagra eventos e interações imprevisíveis. O objetivo é investigar a dimensão política e estética de intervenções no espaço urbano para compreender as resiliências culturais latentes nas práticas produtivas e culturais que envolvem a relação entre o corpo e a cidade. Almeja-se ainda desenvolver novas formas de pensar, conceitual e corporalmente, o fenômeno contemporâneo da presença de um corpo dissonante nos espaços públicos da urbe. Indaga-se assim em que medida estas atuações inauditas tem o poder de instaurar singularidades alternativas aos processos dominantes de subjetivação que modelam, emolduram ou mesmo pré-determinam comportamentos, olhares, espaços e portanto pensamentos.
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