Abstract
No século XIX o Pará conheceu um enriquecimento a partir do látex, mas também epidemia de malária e escassez de alimentos. Para sanar estes problemas, Lauro Sodré, governador do Estado, concedeu incentivos “civilizatórios” e financiou viagens de fiscalização, como a de Ignácio Moura à Itacayunas em 1896. Este defendeu a pecuária e o saneamento rural como chaves do desenvolvimento local, identificando as febres intermitentes (malária) como entraves. Assim, com base teórica da História Social e Política, apoio metodológico da análise textual discursiva e por meio da fonte literatura de viagem, objetivamos analisar a construção do discurso político-social que utiliza as doenças adquiridas nos castanhais como justificativa para se alterar a dinâmica econômica regional.
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