Abstract

RESUMO Este artigo objetiva discutir o efeito do tamanho do inventário no espaço acústico de línguas com inventários vocálicos de tamanhos diferentes: português com sete e inglês com onze vogais orais. Partindo das predições da Teoria de Dispersão Vocálica, este estudo analisa acusticamente a variabilidade e dispersão vocálica nessas duas línguas. Contrariamente ao previsto pela teoria sobre a variabilidade vocálica, em nossos dados, a realização fonética das vogais do sistema vocálico maior (inglês) é menos precisa e apresenta maior variabilidade que as do português. Quanto à dispersão vocálica, também contrariando o previsto, as vogais do português estão mais dispersas e periféricas cobrindo uma área acústica maior que as do inglês. Nossos resultados estão em consonância com trabalhos que questionam a comprovação empírica das predições da Teoria de Dispersão. Nosso avanço é quanto à interpretação dos fatos. Levanta-se a hipótese que os sistemas vocálicos do inglês e português estejam parcialmente instáveis atualmente, entretanto, a Teoria de Dispersão não captura esses fatos por estar mais pautada em fonemas estanques que em alofones variáveis. Possivelmente, uma abordagem teórica que entenda as línguas como sistemas dinâmicos e complexos (ELLIS; LARSEN-FREEMAN, 2009) ofereça elementos mais sólidos para a compreensão dos fatos apresentados. Tal proposta será fomentada futuramente.

Highlights

  • The size of vowel inventories varies widely from language to language

  • We resume our research questions: Q1: What variability will be found in two vowel inventories of different size: Portuguese, with seven oral vowels, and English, with eleven?

  • Vowels are not evenly spaced, for example, in terms of F1, the distance between [ ] or between [ ] is greater than that between other vowels. We summarize here those predictions of Dispersion Theory that gave rise to our hypotheses:

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Summary

Introduction

The size of vowel inventories varies widely from language to language. cross-linguistic studies show that certain vowels and vowel inventory configurations are more frequent in natural languages. Maddieson (1984) analyzed 317 languages and observed that vowel inventories vary from languages having only 3 to others with 15 distinct vowel qualities. Cross-linguistic studies show that certain vowels and vowel inventory configurations are more frequent in natural languages. The vowel inventories of most languages in the world include the vowels / , , /. These three vowels define the extremes of the vowel space and are known as the point vowels or corner vowels. It is evident that vowel inventories are structured in a way that enhances contrast, by maximally dispersing vowels in the auditory-perceptual space. That is why / , , / are systematically present in natural languages; front vowels are generally unrounded while back vowels are rounded; and vowels tend to be spread along the periphery of the acoustic and perceptual space (BECKER-KRISTAL, 2010)

Objectives
Methods
Results

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