Abstract

Na atual sociedade, também identificada como “sociedade de consumidores” (BAUMAN, 2008), todas as pessoas, independentemente de condições econômicas, gênero, idade e grupo social, são convocadas a fazer parte das redes de consumo. Neste artigo nos voltamos para a infância e abordamos uma das faces de sua inserção na sociedade de consumidores, procurando mostrar como as crianças vem sendo usadas para vender. Como referencial teórico adotamos, entre outros, os escritos de Zygmunt Bauman, Juliet Schor e Robert Bocock que tratam das versões contemporâneas do consumo e as problematizam. A partir da análise da publicidade em revistas semanais de grande circulação, discutimos o quanto é produtivo para o mercado econômico a aliança entre infância e consumo, e argumentamos que esse uso das crianças na publicidade contribui para uma nova concepção de infância: a infância do consumo. Uma infância erotizada, preocupada em adquirir, em mostrar-se, uma infância insaciável e sempre em movimento. É essa infância que está chegando à escola com novos interesses, preferências e condutas, tornando-se merecedora de toda a nossa atenção.
 Palavras-chave: Infância contemporânea; infância e consumo; sociedade de consumidores; publicidade; revistas.

Highlights

  • Analyzing weekly magazines of large circulation, we discuss how productive it is for the economic market the alliance between childhood and consumption and we argue that this use of children in publicity contributes for a new conception of

  • De acordo com a pesquisadora, isso justifica porque há campanhas publicitárias da Ford no canal Nickelodeon, um canal voltado exclusivamente ao público infantil, ou porque em um painel administrado pela agência Griffin Bacal de Nova Iorque, “100% dos pais de crianças de 2 a 5 anos revelaram que seus filhos tiveram influência na compra de alimento e lanches rápidos” (SCHOR, 2009, p.19)

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Summary

Introduction

Neste artigo nos voltamos para a infância e abordamos uma das faces de sua inserção na sociedade de consumidores, procurando mostrar como as crianças vem sendo usadas para vender. A partir da análise da publicidade em revistas semanais de grande circulação, discutimos o quanto é produtivo para o mercado econômico a aliança entre infância e consumo, e argumentamos que esse uso das crianças na publicidade contribui para uma nova concepção de infância: a infância do consumo.

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