Abstract

A compreensão deste texto ocorre a partir de duas diferentes perspectivas: (1) psicológica, entendendo o conceito de racionalismo como a superioridade da razão sobre outras áreas da vida humana; (2) política, em que a ideia de racionalismo é compreendida a partir, principalmente, de pressupostos do filósofo inglês Michael Oakeshott.

Highlights

  • Quando discursos, teoricamente, certeiros e corretos sobre medidas de segurança, contingenciamento e previsões passam a pautar as decisões durante uma pandemia, sem abertura para discordâncias e debates – porque isso seria obscurantismo e contra a ciência – as consequências podem ser desastrosas

  • A rationalist perspective on the State’s influence in the pandemic. To understand this text, we need to explore two different perspectives: (1) psychological, understanding the concept of rationalism as the superiority of reason over other areas of human life; (2) political, in which we understand the idea of rationalism based on the assumptions of the English philosopher Michael Oakeshott

  • A política do ceticismo parte da ideia de que não devemos concentrar nossos esforços na perfeição humana, porque sabemos muito pouco a respeito dela ou pelo fato de que é uma ilusão

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Summary

Racionalismo e subjetividade humana

A Psicologia, ciência muito utilizada atualmente para compreender, explicar e justificar comportamentos humanos, surgiu de duas grandes tradições: das ciências naturais e da filosofia. Desde que o ser humano pensa, ele pensa sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo ao seu redor. Apesar de encontrar certas características desde a Grécia antiga que remetem ao humanismo – como a valorização do ser humano, a democracia ou a criação do direito –, a ideia de que possuímos uma interioridade parece ter surgido no período do Renascimento, quando o pensamento Racionalista marcou diversas mudanças de paradigmas, atribuindo confiança à razão humana como principal fonte de conhecimento. Filósofo, físico, matemático francês, considerado o pai fundador da filosofia moderna e do Racionalismo Cartesiano, se propôs a refletir sobre as coisas do mundo, com o intuito de saber se elas podiam fornecer uma verdade segura e, uma vez firmado um ponto de referência, o restante viria por dedução, afirmando que é preciso duvidar de todo saber adquirido para conseguir alcançar a razão absoluta. A estabilidade do mundo passou a depender da identidade do eu e por isso, qualquer situação, evento ou circunstância que desestabilizasse a lucidez desse eu, poderia ser vista como uma ameaça

O racionalismo na política
O Estado em tempos difíceis
Indivíduos maduros e tempos difíceis

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