Abstract

Uma assembleia com as dimensões do Concílio Vaticano II necessariamente aglutinaria diversificadas correntes e perspectivas. No episcopado brasileiro a heterogeneidade também foi uma marca. Considerando tais dados, este artigo foi escrito com dois objetivos maiores: identificar transversalidades nas formas de pensar e agir de Proença Sigaud e Helder Camara, a partir dos temas propostos para o Concílio e analisar afinidades/convergências e oposições/divergências existentes entre as suas posições, respectivamente conservadoras e progressistas, sobretudo a partir das respostas (vota) que elaboraram às consultas solicitadas na fase antepreparatória; perpassando o trabalho, há discussões remetendo aos grupos a que se associaram e às articulações estabelecidas, bem como aos seus epistolários e questões neles tratadas. Baseado em pesquisas bibliográfica e documental – realizada, esta, nos arquivos do Instituto Dom Helder Camara e da Cúria Arquidiocesana de Diamantina – com o artigo foi possível reforçar o entendimento de que a diversidade de perspectivas doutrinais e pastorais é fato inconteste, ainda que salvaguardada a unidade; outrossim, a transversalidade evidenciou, a partir da abordagem de temas sociopolíticos e religiosos, a existência de preocupações semelhantes que implicavam, nas posições majoritariamente antagônicas dos dois, igual empenho pela adoção de medidas, ainda que habitualmente díspares, no tocante à forma de analisá-los e enfrentá-los.

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