Abstract

Desde a abertura ao público do sítio arqueológico do Valongo, em julho de 2012, numerosas performances artísticas e festivas, militantes, rituais e religiosas, acontecem no anfiteatro e na esplanada em torno do antigo cais. O artigo se interessa pela atuação das religiões de matrizes africanas nesse espaço, focalizando o ritual anual de lavagem do cais dos escravizados pelas Baianas. Ele mostra que as performances rituais ligadas ao candomblé de nação nagô-ketu (apesar de uma antiga e massiva presença bantu neste lugar) foram investidas de um papel central assim como de uma legitimidade singular no trabalho de resgate memorial, de afirmação de identidades e de reivindicação sociopolítica. Essas práticas populares, imateriais e efêmeras participam também da patrimonialização do Cais do Valongo.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.