Abstract
Este artigo analisa a construção histórica das políticas públicas na área de surdez e acessibilidade em saúde, considerando as dificuldades de acesso ao cuidado em saúde por pessoas surdas usuárias de línguas de sinais. A metodologia utilizada está embasada na História do Tempo Presente, tendo como fontes documentais os relatórios das Conferências Nacionais de Saúde de 1992 a 2019. As análises das Conferências, somadas ao resgate das políticas públicas relacionadas à surdez, evidenciaram destaque para ações relacionadas à reabilitação auditiva, mediada pelo uso de tecnologias auditivas, em detrimento de políticas linguísticas que considerem a língua de sinais como língua natural e recurso de acessibilidade para pessoas surdas participarem plenamente de seu cuidado em saúde. As Conferências Nacionais de Saúde mostraram-se espaços potentes para o exercício da participação social e da conquista de direitos em saúde, mas a recorrência de pautas relacionadas à necessidade de acessibilidade comunicacional evidencia a urgência de se efetivarem as propostas e deliberações ocorridas nessas instâncias.
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