Abstract
Este ensaio baseia-se na noção de “espetáculo político”, construída a partir da conceção de Guy Debord em A Sociedade do Espetáculo (1967). Através dessa noção, investigaremos a propaganda visual do Centro Regional da Exposição do Mundo Português de 1940, realizada em Lisboa, e a sua relação com o álbum ilustrado Vida e Arte do Povo Português, uma publicação luxuosa sobre etnografia produzida pelo Secretariado de Propaganda Nacional, o organismo de propaganda cultural do regime.Procurando, analiticamente, aproximar dois dispositivos de propaganda – uma exposição e um livro ilustrado o qual reforça as mensagens da exposição – examinaremos o papel que ambos desempenharam enquanto propaganda visual. Exploraremos a interligação entre os dois suportes e com outras publicações, bem como a interação entre a visualidade da exposição e os arranjos gráficos que combinam desenhos, fotografias, textos e símbolos, a retórica da “portugalidade” e a coincidência desses discursos imagéticos. Por outras palavras, a forma como o espetáculo político foi formalmente reencarnado, como memória e instrumento, nesse processo transmediático.
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