Abstract

O presente ensaio expõe reflexões sobre regras de sociabilidade instituídas nas sociedades, as quais, historicamente, reificam relações de poder hierárquicas entre os diferentes segmentos sociais, e problematiza o paradoxo entre os avanços legalmente alcançados e a desigualdade social instituída no país. Aborda, além disso, as políticas de reconhecimento como importante dispositivo de redução da desigualdade, sinalizando que estas buscam dar materialidade à democracia contemporânea, reconhecendo o tratamento desigual dispensado a grupos subalternizados. As reflexões levantadas também advertem sobre o exercício da dimensão investigativa e política do trabalho do assistente social como condição para a construção de propostas emancipatórias e promoção da igualdade social.

Highlights

  • E re ections raised in the study warn about the exercise of the investigative and political nature of the social worker’s practice as a condition for the construction of emancipatory proposals and the promotion of social equality

  • essay presents re ections about the sociability rules established in societies

  • e re ections raised in the study also warn about the exercise

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Summary

As conquistas legais e o poder simbólico no Brasil

Após o processo de redemocratização no país, assistiu-se à instituição de preceitos legais que se desdobraram em políticas públicas que tinham como escopo materializar os direitos sociais. Em relação ao trabalho não remunerado, não houve alteração substancial nos dados por cerca de 20 anos: mais de 90% das mulheres a rmaram realizar atividades domésticas, enquanto que os homens, cerca de 50%. Tais referências realçam o contexto regressivo no cenário brasileiro: embora se observe um aumento expressivo das ocupações femininas no mercado de trabalho nos últimos anos, mantém-se inalterada a segmentação ocupacional entre homens e mulheres e entre brancos e negros, como produto de um processo estrutural. As pesquisas evidenciam ainda que a ampliação dos postos de trabalho para mulheres ao longo dos anos não se traduz em melhoria nas suas condições de trabalho, tampouco em igualdade nas relações de gênero ou étnico-racial no trabalho. No entanto, encobre o preconceito que é mantido historicamente na sociedade brasileira, subalternizando os negros no cotidiano da vida social

Políticas de reconhecimento como elementos de redução da desigualdade
Considerações Finais
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