Abstract

Procurando contrariar uma tendência de hostilidade ao debate teórico que, em parte, marcaria a historiografia em geral e a historiografia portuguesa em particular, reflete‑se, neste texto, sobre o modo como os paradigmas epistemológicos vigentes ao longo da época contemporânea influenciaram as diversas correntes historiográficas; acerca das características da historiografia enquanto ciência e das características das tecnologias derivadas da historiografia; sobre as vantagens de se utilizarem conceitos teóricos, quer para interpretar a evolução da regionalidade política em Portugal e no Brasil ao longo do século XX, quer para comparar essas duas com outras experiências históricas nacionais. Quanto aos fenómenos políticos propriamente ditos, defende‑se a operatividade de uma tipologia de regimes – das monarquias absolutas de direito divino e carácter corporativo às democracias – que permitirá abarcar o essencial das realidades empíricas ocorridas ao longo da época contemporânea, tanto em Portugal e no Brasil (na Europa do Sul e na América Latina em geral), como à escala global. Evocam‑se, ainda, categorias teóricas potenciadoras da análise, por um lado, dos níveis de privação de direitos de participação política efetiva tendo em conta critérios de natureza étnica e/ ou religiosa; por outro, do modo como foram sendo configurados os sistemas de relações internacionais nos quais Portugal e o Brasil estiveram ou estão integrados.

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