Abstract

Gerado a partir de uma leitura analítica do poema “São João do Folclore e Mangericos”, do poeta paraense Bruno de Menezes, publicado no livro Batuque, em 1931, este trabalho está pautado no pensamento de Aleida Assmann, em Espaços da recordação (2011), sob a abertura do retorno ao passado para compreensão a situações do presente, marcadas pela transitoriedade do fazer poético que traspassa o tempo em atualização constante. Nesse sentido, há no poema uma abordagem aos festejos que acontecem na quadra junina, em Belém do Pará, retratados numa narrativa memorialística, que proporciona a avaliação do lugar social de um tempo passado, com a apresentação de características dessa manifestação folclórica, originada na fusão de culturas que contribuíram para a formação do povo amazônico, evidenciando-se as peculiaridades do habitante formado pela mistura entre o índio, o colonizador português e pelas etnias africanas. Essas culturas originaram identidade(s) híbrida(s) na Amazônia, mas especificamente na cidade de Belém, um dos primeiros núcleos urbanos fundados na região, tornando-se um dos principais pontos de partida para a difusão dessas manifestações em outros locais da região. Considera-se ainda, o processo de mudança das tradições populares, em decorrência das modificações do tempo, mostrado saudosamente no final do poema.

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