Abstract
Objetivo: construir uma teoria substantiva sobre as relações de poder vivenciadas por trabalhadoras que amamentam, que podem influenciar na decisão e manutenção do aleitamento materno no local de trabalho. Métodos: pesquisa exploratória-descritiva qualitativa, na qual se utilizaram os referenciais de Relações de Poder de Michel Foucault e a Teoria Fundamentada nos Dados, de Corbin e Strauss. Duas técnicas foram utilizadas para a coleta de dados nas empresas (Santa Catarina, Brasil): grupo focal e entrevista semiestruturada. Codificação aberta, axial e integração seletiva foram utilizadas para análise de dados, com auxílio do Software Atlas.ti, com processo de validação da teoria substantiva por sete avaliadores. Resultados: participaram dezesseis trabalhadoras e dois profissionais de saúde. A teoria substantiva gerada, “Amamentando com êxito no retorno ao trabalho em decorrência da existência de dispositivos de apoio”, integra dez categorias, que representam o fenômeno central e seus três componentes: condições, ações-interações e consequências ou resultados. Conclusão: trabalhadoras vivenciam microrrelações singulares de poder no trabalho, que convergem e influenciam o poder de decisão de continuar amamentando. O desejo das trabalhadoras de amamentar, juntamente com o usufruto de direitos adquiridos e a disponibilidade de uma rede de apoio fazem com que elas perseverem no processo complexo de amamentação.
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