Abstract
Objetivou-se refletir sobre o conhecimento de jovens universitários a respeito da prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), à luz da teoria do conhecimento de Johannes Henssen. Trata-se de um estudo de reflexão em que se realizou busca de artigos por acesso on-line, nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, nas bases de dados indexadas (inter)nacionalmente, bem como de obras de Henssen sobre a Teoria Geral do Conhecimento. Os resultados foram discutidos em dois blocos temáticos: 1) O conhecimento como fator para mudança de comportamento; 2) Conhecimentos de jovens universitários sobre a prevenção de ISTs. Conclui-se, a partir das reflexões apresentadas, que o processo de obtenção do conhecimento visa instrumentalizar as pessoas, como, por exemplo, jovens universitários, com recursos cognitivos que as habilitem ao uso metódico e competente da razão e do discernimento sobre as ISTs, comportamentos de risco à saúde e medidas preventivas mediante a adoção de práticas sexuais seguras. Identificou-se que, embora o conhecimento seja de suma importância nesse contexto, não figura como único e principal orientador das práticas e comportamentos dos jovens, o que enseja a realização de estudos que avaliem os fatores associados às condutas adotadas pelo grupo.
Highlights
As Infecção Sexualmente Transmissível (IST) são transmitidas pelo contato sexual com parceiro infectado durante práticas sexuais sem o uso de preservativos; por via sanguínea; vertical (WHO, 2016; Brasil, 2020; Spindola et al, 2020)
Dessa forma, em atenção ao que se concebe por comportamento de risco em saúde, com destaque para a vulnerabilidade característica dos jovens, é de suma importância conhecer o que eles sabem sobre as ISTs e as medidas de prevenção, principalmente por conferir possibilidades de influenciar a adoção de práticas seguras, balizadas pela relativização do seu saber, inclusive compartilhado
Plano de Ação para a prevenção e o controle do HIV e de infecções sexualmente transmissíveis 2016-2021
Summary
Acredita-se que, por ano, 500 milhões de pessoas são contaminadas por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável, sendo consideráveis ainda os altos índices de contaminação por ISTs incuráveis, exercendo, assim, essas infecções múltiplos impactos desfavoráveis na vida dessas pessoas. A presença de ISTs favorece de modo (in)direto a ocorrência de contaminação e transmissão sexual do HIV e pode, ainda, causar alterações celulares que precedem alguns tipos de cânceres (WHO, 2013, 2015). Esta investigação se justifica mediante evidências científicas de que as ISTs sempre foram tratadas de forma generalizada e abrangente, com exceção do HIV que, ao longo dos anos, obteve maior destaque nas políticas públicas de prevenção em nível nacional e internacional (WHO, 2013, 2015, 2016; Brasil, 2018, 2019, 2020). Dessa forma, em atenção ao que se concebe por comportamento de risco em saúde, com destaque para a vulnerabilidade característica dos jovens, é de suma importância conhecer o que eles sabem sobre as ISTs e as medidas de prevenção, principalmente por conferir possibilidades de influenciar a adoção de práticas seguras, balizadas pela relativização do seu saber, inclusive compartilhado. Objetivou-se refletir sobre o conhecimento de jovens universitários a respeito da prevenção de ISTs, à luz da teoria do conhecimento de Henssen
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