Abstract

Introdução: A esclerodermia abrange amplo espectro de manifestações clínicas, sendo subdividida em forma localizada e sistêmica. A forma localizada, com acometimento exclusivamente cutâneo e de tecidos circunvizinhos, apresenta fisiopatologia e epidemiologia parcialmente conhecidas pela comunidade científica, com a maioria dos estudos epidemiológicos se concentrando na forma generalizada e extrapolando seus resultados para a outra forma. Este estudo tem o intuito de esclarecer a epidemiologia da esclerodermia localizada no estado do Ceará, visando compreender seus fatores de risco na população brasileira. Trata-se do primeiro estudo epidemiológico brasileiro acerca da esclerodermia localizada. Metodologia: Delineou-se um estudo retrospectivo quantitativo, no qual foram analisados todos os registros das consultas médicas realizadas no Centro de Referência em Dermatologia Dona Libânia (CDERM), Fortaleza, Ceará, em 2015, através das variáveis: nome, sexo, idade, data da consulta, número do prontuário, diagnóstico presuntivo ou confirmado e a frequência do paciente no CDERM. Resultados: Dos 19.576 pacientes analisados, 124 pacientes foram diagnosticados com esclerodermia localizada, representando uma incidência aproximada de 0,62% no serviço. Dentre estes pacientes, 96 (77,42%) eram do sexo feminino e 28 (22,58%) do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 29,7 anos. Discussão: A prevalência e distribuição por sexo obedeceram às tendências mundiais relatadas em outros trabalhos. Entretanto, constatou-se elevada prevalência de diagnóstico no sexo feminino na faixa etária pediátrica, o que contrasta com dados na literatura que afirmam que as diferenças na distribuição de gênero começam a existir no início da adolescência. Esta diferença pode dever-se a fatores culturais, subdiagnóstico na população masculina ou uma tendência regional na epidemiologia da esclerodermia localizada. Conclusão: Este estudo corresponde ao primeiro estudo epidemiológico brasileiro acerca da esclerodermia localizada, sendo necessários estudos mais amplos e multicêntricos que permitam entender melhor a doença na nossa população e, assim, possam servir de base para futuras ações assistenciais.

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