Abstract

Resumo As mulheres portadoras de doença renal crônica apresentam menor probabilidade de engravidar e são mais propensas a complicações gestacionais quando comparadas a pacientes com função renal normal, sendo, portanto, consideradas gestantes de alto risco materno e fetal. Ao longo dos anos, verificou-se aumento da incidência de gestações em pacientes em diálise e melhora do desfecho materno e fetal. Acredita-se que a otimização do atendimento obstétrico e neonatal, o ajuste do tratamento dialítico (em especial, o aumento do número de horas e da frequência semanal das sessões de diálise) e o uso de agentes estimuladores da eritropoiese têm proporcionado melhor controle metabólico, volêmico, pressórico, eletrolítico e da anemia. Este artigo de revisão tem o objetivo de analisar os desfechos gestacionais em pacientes com doença renal crônica em diálise e revisar a condução médica nefrológica nesse cenário. Pelo crescente interesse pelo tema, as recomendações clínicas para a prática assistencial têm ganhado em consistência tanto no manejo medicamentoso quanto no manuseio dialítico, aspectos que tratamos na presente revisão.

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