Abstract
Quando se considera a polissemia do mito como um fenômeno social, a dificuldade em conceituá-lo está em compreender que ele é influenciado pela época, condicionantes e o contexto em que circula, além de outros fatores culturalmente intrínsecos. Mesmo que o termo seja de origem grega e os primeiros estudos tenham se concentrado nas culturas ocidentais ao redor do Mar Mediterrâneo, o mito é uma forma de narrar e sentir presente em diversas culturas, logo é preciso estabelecer um conceito de letramento mítico. No entanto, os documentos educacionais que norteiam a atuação docente, como a BNCC, enfatizam a interpretação do mito, principalmente, no Ensino Religioso. A questão que se instaura é se essa disciplina deve ser a principal instância de interpretação do mito, considerando que nem todos os sistemas de ensino incluem esse componente curricular. Nessa conjuntura, após uma breve definição do mito e o debate crítico acerca desse gênero na BNCC, este artigo propõe restabelecer a compreensão do mito nas aulas de Língua Portuguesa por meio das seguintes premissas: a necessidade de uma abordagem multissemiótica e multimodal; a utilização de boas adaptações; a conciliação entre os aspectos religiosos e históricos; a curadoria do texto; e a ênfase na oralidade.
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