Perfil epidemiológico da Chikungunya na região Norte de 2018 a 2023

Abstract

Introdução: Este estudo aborda como a similaridade dos sintomas, a priorização do diagnóstico para COVID-19 e a pausa em campanhas de controle vetorial durante a pandemia pode ter influenciado na subnotificação de arboviroses como a Chikungunya. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da Chikungunya na região Norte do Brasil entre 2018 e 2023. Métodos: Utilizou-se metodologia quantitativa, descritiva, retrospectiva e transversal, a partir de dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DATASUS sobre notificações de Chikungunya nos estados do Norte do país entre 2018 e 2023. Os dados foram agrupados em três biênios: 2018/2019, 2020/2021, 2022/2023 e analisados no Microsoft Excel 2019. Resultados: No biênio 2018/2019 foram notificados 25.585 casos de Chikungunya na região. Entre 2020/2021, o número de notificações caiu para 8.114, valor que aumentou para 28.894 em 2022/2023. Os estados Pará e Tocantins foram responsáveis pela maior quantidade de notificações. Em todos os biênios analisados, o gênero feminino e a etnia parda foram mais acometidos, a faixa etária predominante foi de 20 a 39 anos, e um maior número de notificações foi contabilizado nos meses de janeiro a maio. Conclusão: O número de diagnósticos e notificações de Chikungunya na região Norte, devido a sobrecarga dos sistemas de saúde e a concomitância de outras doenças, reafirma a importância do aperfeiçoamento dos sistemas de vigilância e do fortalecimento do SUS.