Abstract

Analisando o Senado Federal brasileiro entre 1999 e 2006, objetiva-se apresentar as características de recrutamento dos Senadores de acordo com o posicionamento de seus partidos no espectro ideológico esquerda-centro-direita. Foi-se estruturado um banco de dados com: titulação escolar, profissão prévia a carreira política, e os cargos institucionais eleitorais e nomeativos ocupados pelos 135 políticos que passaram pelo Senado durante o ínterim. Apresenta-se o período como composto por bacharéis, razoavelmente distintos em suas profissões pregressas e um contraste na formação das carreiras políticas – alto nível de experimentação para políticos dos partidos de centro e direita, e menor experiência dos Senadores dos partidos de esquerda.

Highlights

  • Recrutamento de elites políticasOs estudos sobre elites políticas no Brasil avançam pelas mais diversas frentes: profissionalização política (COSTA; CODATO, 2012; MIGUEL, 2003; PERISSINOTTO; VEIGA, 2014), capital familiar (MIGUEL, MARQUES; MACHADO, 2015), social background (RODRIGUES, 2002, 2009; NEIVA; IZUMI, 2014; CORADINI, 2012) e trajetórias políticas (CORADINI, 2007) formam os principais mecanismos para entender a formação da elite parlamentar brasileira.

  • Formações nas áreas de Administração/Administração de Empresas e Agronomia somente se fizeram presentes nos partidos de centro e direita, ao passo que diplomações em Jornalismo/Comunicação apenas foram detectadas em biografias dos dois partidos de centro, sendo os únicos casos em termos educacionais no social background dos políticos com assento na Casa da Federação durante o período em estudo em que há uma profunda diferenciação entre os partidos de acordo com seu posicionamento na escala esquerda-centro-direita.

  • Já nos pequenos partidos de esquerda, ao passo que os pedetistas e os Senadores do PPS formados em Direito foram fidedignos à área e atuaram como advogados, no PSB havia uma profissão diferente para cada um dos cinco Senadores que passaram pelo partido entre 1999 e 2006.

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Summary

Recrutamento de elites políticas

Os estudos sobre elites políticas no Brasil avançam pelas mais diversas frentes: profissionalização política (COSTA; CODATO, 2012; MIGUEL, 2003; PERISSINOTTO; VEIGA, 2014), capital familiar (MIGUEL, MARQUES; MACHADO, 2015), social background (RODRIGUES, 2002, 2009; NEIVA; IZUMI, 2014; CORADINI, 2012) e trajetórias políticas (CORADINI, 2007) formam os principais mecanismos para entender a formação da elite parlamentar brasileira. Formações nas áreas de Administração/Administração de Empresas e Agronomia somente se fizeram presentes nos partidos de centro e direita, ao passo que diplomações em Jornalismo/Comunicação apenas foram detectadas em biografias dos dois partidos de centro, sendo os únicos casos em termos educacionais no social background dos políticos com assento na Casa da Federação durante o período em estudo em que há uma profunda diferenciação entre os partidos de acordo com seu posicionamento na escala esquerda-centro-direita. Já nos pequenos partidos de esquerda, ao passo que os pedetistas e os Senadores do PPS formados em Direito foram fidedignos à área e atuaram como advogados, no PSB havia uma profissão diferente para cada um dos cinco Senadores que passaram pelo partido entre 1999 e 2006. Acima pontuado, de que muitos políticos não chegam a atuar no seu ramo de formação, a função de empresário (ocupação importante nos partidos de centro e direita) não requer instrução educacional específica e pode ser desempenhada concomitante ao mandato

Carreiras prévias aos mandatos senatoriais
Suplente Titular
Classificação ideológica
Considerações finais
ANEXO I
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