Abstract
Um assunto muito abordado nos últimos quatro anos no Brasil é o fato de que o país está vivendo uma recessão e, a recuperação desse cenário poderia levar até uma década. Durante esse período, a atividade econÿmica foi afetada, refletindo no resultado do PIB, que registrou essas quedas de forma acentuada entre os anos de 2014 e 2016. Contudo, dentre os setores que compõem o PIB nacional, o setor do agronegócio permaneceu consistente e, apresentou na contramão dos demais setores, um crescimento da produção. Este trabalho tem o objetivo de trazer informações que sustentem a importância da produção agropecuária para a composição do resultado no país e, de que forma o setor sofre com a falta de investimentos no modal de transporte, aplicado majoritariamente para o escoamento dos produtos. Foram utilizados autores de influência na área econÿmica e dados de associações controladoras do setor agropecuário para basear o desenvolvimento do trabalho e demonstrar as origens da infraestrutura de transportes que hoje está aplicada no país. Aplicando a metodologia de estudo de caso, foi possível identificar os fatores político-econÿmicos que influenciaram, ao longo das últimas décadas, a forma como o Brasil desloca sua produção e, como isso interfere na competitividade dos produtos, principalmente, no que tange o custo que, posteriormente, determina o preço final.
Highlights
Entre o segundo trimestre de 2014 e o terceiro trimestre de 2016, o PIB acumulava uma queda de 8,33% (OREIRO, 2017)
Among the sectors that make up the national GDP, the agribusiness remained consistent, and it has presented, against the other sectors, a growth of production
This paper aims to provide pieces of information that support the importance of agricultural production to constitute the Brazilian results and how the sector suffers from the lack of investments in terms of transportation mainly when applied to transport the products
Summary
A partir do segundo semestre de 2014, o PIB demonstrava que reagiria mal ao período de instabilidade política, de escândalos envolvendo empresas estatais e ao auge da Operação Lava-Jato que estava se instalando no país. Dentre as áreas que compõem o PIB nacional, o agronegócio, mesmo sofrendo quedas consideráveis durante esse período, foi importante para conter uma queda ainda maior nos números. Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , a participação do agronegócio contribuiu com 23,5% para o PIB em 2017, a maior participação em 13 anos. Ainda segundo a CNA, o setor foi um dos responsáveis por conter a inflação em 2017 e, teve crescimento na oferta de empregos mais alto dos últimos 5 anos. Para Gilson Chequeto, CEO e diretor comercial da Transpobrasil, os principais problemas que o produtor precisa enfrentar são a falta de infraestrutura, a escassez de armazéns e o alto custo do frete, que é resultado de uma dependência do transporte rodoviário, o qual o país se dedicou em investir ao longo do século XX
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