Abstract

Neste artigo, retomo a tradição de negociações entre portugueses e diferentes povos do litoral africano em torno de questões relacionadas ao tráfico de escravos e à organização desse comércio. A partir dessa tradição, discuto as questões diplomáticas envolvendo africanos, portugueses, ingleses e brasileiros no contexto da vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, e nos anos que se seguiram, e a maneira pela qual os soberanos africanos foram afastados do processo de negociação que criaria restrições ao tráfico na primeira metade do século XIX.

Highlights

  • Essa era uma da série de embaixadas que os soberanos desse reino enviaram ao Brasil (foram quatro no total, entre 1750 e 1811) e, já na segunda, em 1795, ofereciam a referida exclusividade de comércio, recusada por razões como a concentração excessiva de navios e a necessidade de abastecê-los em um mesmo lugar, a diminuição da liberdade dos mestres de escolher os escravos para compra e a elevação dos preços que um monopólio nas mãos do rei de Daomé acarretaria

  • O abandono de feitorias no litoral da África Ocidental, muitas delas propriedades de comerciantes luso-brasileiros, assim como o abandono da pretensão de soberania em pontos da costa naquela região do continente africano, mesmo que fosse inevitável diante das circunstâncias e das alianças européias, também não foi um motivo de coesão dos interesses de senhores de terras e escravos das diferentes regiões da América portuguesa a partir da vinda da Corte ao Brasil

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Summary

Introduction

Essa era uma da série de embaixadas que os soberanos desse reino enviaram ao Brasil (foram quatro no total, entre 1750 e 1811) e, já na segunda, em 1795, ofereciam a referida exclusividade de comércio, recusada por razões como a concentração excessiva de navios e a necessidade de abastecê-los em um mesmo lugar, a diminuição da liberdade dos mestres de escolher os escravos para compra e a elevação dos preços que um monopólio nas mãos do rei de Daomé acarretaria

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