Abstract

O artigo analisa a escrita etnográfica de Couto de Magalhães, exposta no livro O Selvagem, de 1874. O objetivo deste estudo é demonstrar a existência conflituosa, no livro de Magalhães, de duas linguagens etnográficas distintas, que implicam em duas formas de representação da historicidade indígena, assim como sugerem duas modalidades de ação política. Este artigo tem como hipótese que a coexistência dessas duas linguagens etnográficas indica o esforço de Couto de Magalhães em revitalizar o debate etnográfico que havia se estruturado, desde a década de 1840, no IHGB.

Highlights

  • Os usos da categoria selvagem, na formação do discurso etnográfico no Brasil oitocentista, foram conformados dentro de um processo de disciplinarização, no qual tanto a história como a etnografia estavam sendo constituídas como campos de saberes relativamente autônomos.[1]

  • The aim of this study is to demonstrate the existance of two distinct and conflictuous ethnographic languages in Magalhães’ book, which accounts for two different models for representing the indigenous historicity and suggests the existence of two political action modalities

  • Pelo jogo contínuo de semelhanças e diferenças, tinha por efeito inserir uma profundidade temporal no que, até então, era apenas voz.[5]

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Summary

Introduction

Os usos da categoria selvagem, na formação do discurso etnográfico no Brasil oitocentista, foram conformados dentro de um processo de disciplinarização, no qual tanto a história como a etnografia estavam sendo constituídas como campos de saberes relativamente autônomos.[1].

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