Abstract
Nada parece mais absurdo do que o ressoar retumbante dos gritos de dor perante o arsenal bélico que se utiliza frequentemente como silenciador dos fatos e dos argumentos contrários que se erguem no sentido da conscientização e da mobilização social pelo bem-estar de todos indistintamente às margens do Rio Ipiranga, do Rio Capibaribe, do Rio Beberibe ou ainda do Rio Jordão. Lembrar e repudiar as torturas, o assassinato do Padre Henrique e os atentados e perseguições contra Dom Hélder Câmara em Recife é mister para a compreensão da religiosidade popular no Brasil e dos caminhos tortuosos que percorreu a Igreja Católica durante a ditadura militar no país. Sob o ritmo alucinante do batuque dos militares, corpos humanos tornaram-se tambores a emitirem sons desafinados. A impunidade dos crimes e as representações simbólicas a eles associadas demandam reflexão e denúncia. Calar torna-se também um crime pela inércia da cumplicidade. À História e à Justiça cabem a averiguação dos fatos.
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