Abstract
Introdução Entre as consequências da lesão medular (LM), está o deficit na função sexual, o que interfere na qualidade de vida do indivíduo. Objetivos Conhecer e descrever o perfil da sexualidade de homens com LM, comparando os períodos pré e pós-lesão. Materiais e métodos Estudo transversal com 36 homens com LM. Os dados foram coletados através de um questionário (QSH-LM) e um roteiro. As variáveis quantitativas foram apresentadas por média e desvio padrão. As variáveis categóricas foram apresentadas por frequências absolutas e relativas e as associações foram realizadas através do teste Qui-quadrado. Todos os testes apresentaram significância de 5%. Resultados Houve prevalência de pacientes paraplégicos e de lesões do tipo completa. A prática, frequência, desejo e satisfação sexual decaíram após a LM, assim como as respostas sexuais. Dentre essas estão ereção, ejaculação e orgasmo, que decaíram de forma relevante após a LM. A sensação mais relatada durante o ato sexual foi o aumento da resposta cardiorrespiratória, antes ou após a LM, e mais indivíduos passaram a sentir nenhuma sensação durante a atividade sexual após a LM. Houve significativa associação entre tipo de lesão e presença de orgasmo e entre prática e satisfação sexual após a LM. Conclusão Foi observado que a resposta sexual após a LM altera na ordem crescente: ereção, orgasmo e ejaculação. Percebe-se que muitas vezes a reabilitação é focada nas capacidades motoras e a sexualidade é pouco abordada.
Highlights
there is the deficit in sexual function
which interferes in the quality of life
Data were collected through a questionnaire
Summary
Trata-se de um estudo transversal com 36 pacientes do gênero masculino, com 18 anos de idade ou mais, com o diagnóstico médico de LM, classificados em tetraplegia ou paraplegia, conforme padronização da ASIA, atendidos em clínicas e ambulatórios de fisioterapia na cidade de Londrina (PR), que concordaram em participar do estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Antes da LM, todos responderam ter vida sexual ativa, sendo que 11 (30,6%) mantinham a frequência sexual de 3 vezes por semana, com média de 3,25 ± 1,71 (Tabela 1). Após a LM, 27 (75,0%) têm vida sexual ativa e 9 (25,0%) não, sendo que 16 (44,4%) mantem a frequência de menos de 1 vez por semana, com média de 1,56 ± 2,05 vezes por semana (Tabela 1). Quando foi associado o tipo de LM com a presença de orgasmo (Tabela 2), houve diferença estatisticamente significativa (p = 0,01) de que indivíduos com LM incompleta (68,6%) conseguem atingir o orgasmo e pacientes com LM completa (75%) não apresentam orgasmo. Não houve diferença estatisticamente significativa de que o diagnóstico neurofuncional interfira na prática sexual (p = 0,19), presença de ereção (p = 0,45), ejaculação (p = 0,14) ou orgasmo (p = 0,27) (Tabela 4). Menos de 1 vez por semana 1 vez por semana 2 vezes por semana 3 vezes por semana 4 vezes por semana 5 vezes por semana 7 vezes por semana Fonte: Dados da pesquisa
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