Abstract
No presente artigo analisamos o discurso do campo neconservador, à luz do conceito de hegemonia de Laclau e Mouffe, no seio do debate da relação entre educação e movimentos sociais. No referido campo, destacam-se o Escola Sem Partido e o Movimento Brasil Livre, os quais não consideramos como movimentos sociais, mas como uma prática articulatória em torno desse discurso conservador e que é antagônica ao campo que, historicamente, constitui-se como “movimentos sociais”. Na dinâmicas das relações de hegemonia, esse neoconservadorismo se organiza em oposição às conquistas obtidas nas políticas educacionais, ao longo dos governos petistas. Essa articulação inclui a elaboração de propostas para o campo educacional. Por outro lado, registra-se também a reorganização do campo dos movimentos sociais.
Highlights
In this article we analyze the discourse of the neconservative field
we consider an articulatory practice around this conservative discourse wich is antagonistic to the social movements
this neoconservatism is organized in opposition to the achievements obtained in educational policies
Summary
MST) ou quando a participação em si mesmo propicia a formação, grosso modo, “a educação não-formal” (GOHN, 1992; GOHN, 2005). O objetivo do presente artigo é analisar, em linhas gerais, essa prática articulatória neoconservadora que tem como sujeito principal o Escola Sem Partido em articulação com o Movimento Brasil Livre, não os considerando como movimentos sociais, mas refletindo sobre seu surgimento a partir dos postulados de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2015). O processo de avanço do neoconservadorismo, culminando com o momento atual, ao mesmo tempo que fez a direita recuperar seu poder político, por outro lado, também fortaleceu os movimentos sociais (como campo antagônico). Esse processo de acirramento tornou mais visível o conflito de poder (político e econômico) que, ao longo das gestões petistas, estava, em certo sentido, “amortizado” tendo em vista que os movimentos estavam conseguindo dialogar com o governo e inserir suas demandas na agenda política, nos limites de compatibilidade do sistema capitalista (MELUCCI, 1989; TATAGIBA e GALVÃO, 2019). De emergência de mobilizações do campo conservador, utilizando o mesmo repertório (para usar um termo de Charles Tilly) dos movimentos de esquerda parece-nos importante perceber como esse campo discursivo emerge e suas estratégias de ação coletiva e, como, em certa medida, produzem efeitos discursivos
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