Abstract

O artigo se sustenta na defesa da educação integral em tempo integral na Educação Infantil e visa contribuir para ampliar o debate nesse campo, ao tomar como objeto o brincar das crianças de 5 anos, em uma escola municipal, na qual elas permanecem 8 horas diárias. Como questão norteadora, indaga-se sobre as configurações do brincar dessas crianças na Escola em Tempo Integral. O referencial teórico estabelece um diálogo com autores da Sociologia da Infância que reconhecem a centralidade do brincar como constitutivo das culturas infantis, e autores do campo da Geografia que tematizam território e territorialidade. Participam do estudo 22 crianças e, para capturar as configurações do brincar, foram utilizados para a coleta dos dados: observação do cotidiano da escola, análise de documentos e rodas de conversa com as crianças. A análise coloca em evidência as tensões entre as culturas infantis e as fronteiras territoriais que buscam conformar o brincar das crianças na Escola em Tempo Integral (ETI). Os resultados indicam a forma escolar presente nas configurações do brincar e os escapes propiciados pelas práticas do brincar na imbricação território/territorialidade. As conclusões permitem refletir sobre a necessidade de reconhecimento, no tempo integral, de que o brincar é parte da cultura infantil, tem centralidade na infância e, portanto, é um direito das crianças.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.